Prevenção à calvície precoce não precisa ser um “bicho de sete cabeças” quando sabemos suas causas. Estresse, dieta e até mesmo tratamentos para o cabelo estão entre as possíveis razões pelas quais as gerações mais jovens estão percebendo a queda de cabelo mais cedo.
Uma das chaves para evitar este acometimento é perceber os sinais de calvície e agir o mais cedo possível. Simplificando: quanto mais cedo as medidas de prevenção forem tomadas, mais cabelo será possível “salvar”.
Embora a calvície esteja tipicamente associada ao avanço da idade, um número crescente de millennials (nascidos na década de 80) diz que está experienciando este evento. Homens e mulheres a partir dos 18 anos estão pedindo ajuda no combate à queda de cabelo.
Alterações hormonais, doenças autoimunes, distúrbios da tireoide e estresse estão entre as causas conhecidas de queda de cabelo em jovens.
No entanto, a dieta também pode influenciar fortemente a saúde do cabelo. A crescente popularidade das dietas vegetarianas e veganas pode estar contribuindo para isso, pois muitas vezes estes novos hábitos são adotados sem acompanhamento de um profissional.
Segundo uma pesquisa mundial conduzida em 2020, o consumo de proteína severamente reduzido, bem como as deficiências de zinco, vitamina D e outros nutrientes, podem afetar negativamente o crescimento do cabelo.
Quão grande é o fator estresse?
O estresse pode afetar o ciclo de crescimento do seu cabelo, que normalmente cresce, depois para de aumentar o volume e, finalmente, cai.
Essas etapas são chamadas de fases anágena, catágena, telógena e exógena.
A anágena (fase de crescimento) de um cabelo do couro cabeludo humano dura de dois a seis anos. Após esta etapa, o cabelo entra em uma curta fase catágena (alguns dias), quando o folículo encolhe ligeiramente.
Ela é seguida pela etapa telógena, quando o cabelo permanece estável. Finalmente, o cabelo entra na fase exógena durante a qual começa a cair.
Este é um processo contínuo e é normal que alguém perca entre 50 e 100 fios de cabelo todos os dias.
O que diz o especialista
De acordo com o Dr Walter Pinheiro, o estresse pode interromper o processo de crescimento do cabelo removendo-os prematuramente da fase de crescimento. Isso pode fazer com que grandes quantidades de cabelo caiam.
A perda de cabelo induzida pelo estresse foi demonstrada em camundongos expostos a ruídos altos. Neste estudo, o estresse fez com que os pelos dos roedores entrassem em catágeno prematuramente.
Outro estudo envolvendo macacos descobriu uma maior probabilidade de perda de cabelo em animais de teste com níveis mais elevados de cortisol (hormônio do estresse).
Ainda segundo o Dr Walter Pinheiro, existe uma conexão entre idade e estresse. Os millennials dizem que se sentem isolados ou solitários devido ao estresse, mantendo uma média de cinco “amigos próximos” com os quais podem relaxar, discutir assuntos pessoais ou pedir ajuda.
Os pesquisadores da APA descobriram que os membros da “geração Z” (nascidos na década de 90) e millennials relataram níveis mais elevados de estresse do que aqueles das gerações anteriores. Eles também parecem ter mais dificuldade em lidar com essa situação.
A manutenção do cabelo das gerações mais novas também pode estar contribuindo para a queda capilar.
O branqueamento e tingimento excessivos podem danificar seriamente o cabelo, além disso, o peso e a tensão das extensões também podem enfraquecer os folículos capilares, fazendo com que mais volume seja perdido.
Adolescentes e homens jovens podem, às vezes, perceber que seus cabelos estão ficando mais finos ou até mesmo caindo. A calvície de padrão masculino é a causa mais comum de queda de cabelo entre adolescentes e homens jovens.
O que causa a calvície precoce?
O termo médico para calvície de padrão masculino é alopecia androgenética. Este tipo de queda de cabelo é causado por uma combinação de andrógenos (hormônios) e genética (características que você herda).
Nos homens, os andrógenos trabalham para desenvolver características sexuais masculinas, como desenvolvimento muscular e aumento capilar. Seus genes são o que determinam as características físicas que são transmitidas a você por seus pais biológicos.
Essas características físicas podem incluir altura, cor dos olhos, do cabelo e se você tem ou não essa condição.
Por que é chamada de calvície de padrão masculino?
A calvície de padrão masculino recebe esse nome porque o cabelo cai do couro cabeludo no mesmo padrão na maioria dos homens. Normalmente segue este ciclo:
Desbaste e / ou perda de cabelo ao longo da região da têmpora;
Retração da linha capilar: significa que a linha do cabelo ao longo da borda entre o couro cabeludo e o rosto se move para trás;
Queda de cabelo no topo da cabeça;
Perda capilar ao longo da região occipital – que é a parte posterior da cabeça, logo acima do pescoço.
Dados
Cerca de 16% dos meninos de 15 a 17 anos apresentam essa condição. Um estudo de pesquisa mostrou que 30% dos homens caucasianos apresentaram sinais de calvície aos 30 anos.
Já 50% aos 50 anos e cerca de 80% dos homens apresentam queda de cabelo aos 70. A calvície de padrão masculino é menor e mais incomum entre asiáticos e afro-americanos do que entre homens caucasianos.
Autoestima
A perda de cabelo é geralmente considerada um assunto “tabu” na comunidade e os homens não falam prontamente sobre o assunto, muitas vezes sofrendo de depressão e perda de autoestima devido à calvície e mudanças em sua aparência.
Uma pesquisa mostrou que a alopecia androgenética ou calvície de padrão masculino comum é responsável por mais de 95% da perda de cabelo em homens.
Aos 35 anos, dois terços deles experimentam algum grau de queda significativa de cabelo e, aos 50 anos, aproximadamente 85% dos homens já estão em estágio de perda capilar perceptível.
Calvície precoce X Espelho
Um dos maiores e mais prestigiados hospitais universitários da Europa – divulgou um estudo sobre crescimento do cabelo, distúrbios e mudanças na densidade e qualidade capilar entre os pacientes.
O estudo revelou que a “enorme carga emocional” da queda de cabelo causava problemas de autoestima e, nos piores casos, desencadeiam distúrbios psicológicos como a dismorfia corporal (transtorno mental que envolve um foco obsessivo em um defeito que a pessoa considera ter na própria aparência).
Drew Lesser, especialista em gerenciamento de estresse, mudanças comportamentais e neuro-hipnoterapeuta clínico, afirma que combater a queda de cabelo é uma forma de reverter os sentimentos negativos associados à calvície.
As mulheres também sofrem
Apesar de ser mais frequentemente associada aos homens, a calvície também afeta diversas mulheres, e ocorre principalmente por questões emocionais e hormonais.
“No caso das mulheres, o diagnóstico é muito mais complexo, pois envolve vários fatores. Durante a fase fértil, por exemplo, a mulher pode desenvolver o quadro de síndrome do ovário policístico, em que ela produz mais hormônios masculinos e isso aumenta a calvície”, explica o Dr Walter Pinheiro.
Em conclusão
A calvície – especialmente em se tratando daquelas que são precoces, é um dos assuntos que mais preocupa os brasileiros. Segundo a SBC, 42 milhões de pessoas sofrem com a queda de cabelo no país.
Aqui na Clínica Dr Walter Pinheiro, utilizamos a técnica moderna MMP Capilar, que consiste na microinfusão de medicamentos estéreis diretamente na pele ou couro cabeludo em locais específicos, proporcionando resultados mais rápidos e eficazes; o procedimento é seguro e praticamente indolor.