Com as mudanças de padrões sociais, a procura por procedimentos estéticos na era moderna gerou uma grande demanda sobre os conceitos de responsabilidade civil e a forma como a questão tem sido abordada pelos profissionais habilitados para realizar esses processos.
Como resultado:
“Um a cada dez brasileiros afirmam que cuidar da beleza é uma necessidade”, relatou a SBD.
Segundo reportagem do “Hoje em Dia”, São Paulo, mais da metade dos brasileiros (51%), estão incomodados com alguma parte do corpo. Essa insatisfação tem levado a um aumento na demanda por procedimentos estéticos.
O cenário atual da sociedade apresenta uma mudança de comportamento frente a esses tratamentos, que hoje aceita melhor o assunto. Contudo, também desperta uma importante questão: a difusão de conhecimento sobre as práticas não pode ser sinônimo de banalização das intervenções. Em outras palavras, os procedimentos estéticos precisam ser realizados por profissionais capacitados e com o uso de produtos certificados e de boa qualidade.
Para o cirurgião plástico Ricardo Boggio, membro especialista e titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a disseminação de informações nas redes sociais, buscada por 39% da população brasileira para pesquisas sobre beleza, é um agente complicador dentro dos consultórios.
“É muito comum os pacientes chegarem com a informação que captaram na internet. Temos que ter delicadeza para trazer essas pessoas para a realidade. Muitos querem os procedimentos estéticos para ficarem parecidas com alguém, uma beleza inatingível. Precisamos desconstruir aqueles conceitos, às vezes incorretos, para construir os certos”, observa o médico.
Ou seja,
devido a essa busca pela “perfeição”, muitas pessoas ainda se questionam sobre procedimentos estéticos para rejuvenescer a pele. Diante desse contexto, podemos citar algo de suma importância para quem deseja ter uma aparência mais jovem.
Em primeiro lugar: Você já ouviu falar sobre Responsabilidade Civil em procedimentos estéticos?
Sabemos que a integridade física é um direito de todo ser humano e, é natural que haja um tratamento diferenciado quando estamos diante de uma violação a este direito.
Por exemplo:
Quando algo dá errado ou procedimento para rejuvenescimento da pele não é satisfatório ao paciente, como questionar o profissional que realizou a aplicação?
Bom, a comprovação médica é um dos principais pontos que pode ajudar uma pessoa que por algum motivo sofreu danos no tratamento estético. Justamente por isso, ele é essencial para quem pensa em passar por esses processos.
Em segundo lugar,
em uma cultura como a nossa, onde se supervaloriza e cultua determinados padrões de beleza, um problema durante o procedimento estético pode acarretar graves danos à vítima, principalmente no campo psicológico.
Portanto, podemos dizer que a obrigação assumida pelo médico cirurgião depende do tipo de procedimento estéticos realizados.
Entenda:
Obrigação de meio:
Com a obrigação de meio, o médico não tem como garantir o resultado satisfatório, apenas assume o compromisso de buscar uma melhoria significativa na correção da deformidade.
E em terceiro lugar: Obrigação de resultado:
Quando o médico assume a obrigação de resultado, dele responde se não atender ao fim acordado. Dessa forma, a responsabilidade de resultado ou fim, é a assumida nos casos de cirurgia plástica estética.
A dermatologista Gisele Viana, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), reforça que complicações podem ocorrer, inclusive, com especialistas.
“É mais importante dizer que o fato de acontecer um problema em uma intervenção estética não significa, necessariamente, um erro médico. Há complicações já previstas e só o médico está preparado e treinado para lidar com elas”.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), os procedimentos estéticos no Brasil triplicaram. Por exemplo: Sete a cada dez brasileiros, afirmam que os cuidados com a beleza são uma necessidade.
Mas, segundo Alexander Nassif, Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), os riscos à saúde aumentam para quem aceita ser operado por profissional sem a devida especialização.
Portanto, é preciso ter muito cuidado na hora de escolher o médico especialista que fará o procedimento estético.
Pois, além disso, uma simples aplicação de produtos que não são compatíveis com a pele do paciente,
pode causar danos como por exemplo: queimaduras, manchas, cicatrizes e, não raro, mortes.
Em conclusão: Apesar da possibilidade de acionar a Justiça, muitos preferem o silêncio.
E a consequência desse silêncio é apenas uma: traumas psicológicos. Portanto, quem busca por algum reparo do dano, deve ter muita paciência. Em média, uma ação dura três anos e meio.
Em suma, para não passar por esse tipo de transtorno, a principal arma para se proteger de erros durante procedimentos estéticos é procurar, sempre, um profissional qualificado. Para esclarecer mais, pode acessar também o site do Conselho Regional de Medicina e fazer uma consulta por meio do registro profissional.